Crédito: Adriano Eduardo de Lima / Agência Petrobras

Último recorde havia sido registrado há mais de um ano.

A Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), atingiu o volume de 243,5 mil metros cúbicos (m³) de diesel S-10, batendo recorde na produção em julho deste ano. O recorde anterior havia sido registrado há mais de um ano, em maio de 2023, com uma produção de 241,2 mil m³.

Com relação ao mês de junho, o aumento é de 4,8% ao produzir 11,35 mil m³ a mais. No sexto mês do ano, foram produzidos 232,15 mil m³ ante os 243,5 mil m³ de julho.

De acordo com o gerente de Operação da refinaria da Petrobras, Lício França Gomes, a demanda do mercado é crescente. “Não tivemos paradas de manutenção este ano e o mercado está forte em vendas, com uma alta saída de diesel”, destaca Gomes.
De fato, o diesel está em alta. Em Minas Gerais, dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que, no Estado, as vendas tiveram alta de 4,2% no primeiro semestre se comparado a igual período do ano anterior. Enquanto em 2023 a produção foi de 31,2 milhões de m³, em 2024, foi de 32,5 milhões de m³.

Além disso, o gerente de operações da Regap destaca o cenário de forte empregabilidade e melhorias nos processos. “Os investimentos que fazemos rotineiramente melhoram os nossos processos e a confiabilidade das unidades, que operam no limite máximo das capacidades e resultam em uma maior excelência operacional”, diz Gomes.

Ele reforça ainda que a Regap está migrando para uma produtividade maior do diesel-S10 que é um produto mais moderno e com maior sustentabilidade. Segundo Gomes, o diesel-S10 possui maior valor agregado e menor impacto ao meio ambiente.
Apesar de recorde, produção foi menor na comparação entre semestres
Quando analisados os dados do primeiro semestre, a produção é menor na comparação com o mesmo período do ano passado. Enquanto em 2023, 1,3 milhão de m³ de diesel foram produzidos, em 2024, o primeiro semestre registrou 1,26 milhão de m³.

“Essa diferença se dá porque no primeiro semestre ainda não havia sido contabilizado o mês recorde. Nossa expectativa é que os resultados do ano sejam maiores que os do ano passado. Os números só tendem a melhorar”, afirmou Lício Gomes.
O economista Guilherme Almeida explica que a relação entre o consumo, a demanda do diesel e a atividade econômica se dá quase que de forma direta.

“Isso porque boa parte da nossa produção aqui no Estado, e até mesmo no Brasil, não conta com transportes alternativos como o marítimo, por exemplo. A produção é escoada via transporte rodoviário. E como a produção industrial registrou um crescimento acima da média nacional, temos uma demanda maior de transporte de cargas que acaba, naturalmente, impulsionado por conta da atividade econômica mais aquecida”, conclui Almeida.
FONTE: diariodocomercio.com.br/economia/

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